A Minha Viagem Interminável com Gajodalfamasenson (Versão BlackHeartson)

A certa altura da noite, a minha pessoa e GajodAlfama decidimos mudar de ares. Tinha-mos ido até às praias da Ericeira, pois constava que havia por lá um festão, mas estávamos exacerbadamente horrorizados com o que  se passava para os nossos lados. Dentro de uma nave espacial com luzes azuis, encontravam-se cinco jacarés a escutar uma música, da qual eu só entendi o seguinte: "CREL...CREL....", e tinha os seus ares de uma tentativa infeliz de cruzar kizomba com techno... ou por aí...
Foi exactamente nesse momento que eu e o meu camarada GajodAlfama decidimos partir à descoberta do alheio. Seguimos em frente e achámos por bem começar a divagar.
"Amordaça-mos" disse-lhe eu...
"Brutaliza-mos" retorquiu ele...
"Beatifica-mos" disse eu para não ser ultrapassado.
E foi aí que ele me disse o seguinte: " Galvaniza-mos!"
A partir desse momento fomos galvanizar-nos enquanto dissertávamos alguns assuntos pertinentes.
Ao andarmos cerca de 40 metros, começamos a perceber que estávamos fodidos, pois encontrava-mo-nos no meio de um descampado  cheio de armadilhas para ursos. Lá conseguimos evadir-nos de algumas armadilhas, quando GajodAlfama se dirige na direcção de um ser nativo daquela zona. Pensei com os meus botões: " Será que ele conhece mesmo este nativo das armadilhas para ursos?". Foi nesse preciso momento que uma luz se abriu no meu caminho e, como se de uma passagem VIP se tratasse, lá fomos nós em frente. Alguns metros à frente, começámos subitamente a andar de lado, como se fossemos um crustáceo.  "Isto deve de ser o nosso conhecido Lurciferson a fazer das suas", pensei eu...
Cambaleando, como que a fazermos cargas de ombro um ao outro, fomos seguindo em frente até vislumbrarmos uma escadaria infindável. Desesperadamente começámos a subi-la, e, após alguns minutos, chegámos ao cume. Luzes fortíssimas e gente por todo lado foram as duas primeiras características que me saltaram à vista. Depois de algum esforço, e de alguns ursos polares a passar por nós, conseguimos sair dali.
Ao voltar-mos para trás, na direcção dos nossos comparsas, foi-nos questionado o seguinte:" O João e a Sara?", ao que respondemos que era ali. Pareceu-me esclarecedor. Metros à frente ouvimos outra música fulminante, cheia de qualidade, em que o refrão consiste em : "Quem manda aki é "NÓIS"! Ficámos desde logo alertados que ali seria território inimigo e decidimos puxar o cadáver noutra direcção...
Basicamente, desde que saímos do nosso covil, até chegar-mos a ele novamente, passou-se uma hora infernal em que, além de tudo o que contei, tive algum tempo ainda a tentar livrar-me de quatro orcas que por ali passeavam, que me pediam incessantemente o nº de telemóvel pois queriam alpista em sacos de coca.