Passarinho José - Os Primórdios

O Passarinho José, tal como vocês sabem, é um ser que vive a sua vida de uma forma nostálgica, sempre a lembrar-se do passado, nomeadamente do tempo em que esteve no Ultramar, perseguindo e aterrorizando o seu inimigo. O seu inimigo na altura era Lurciferson - O Cornudo. Certo dia, estava o passaroco no seu belo repasto, por volta das quatro e pouco da manhã, rodeado de santolas do Egipto, quando Yuri - o Casposo surgiu no meio de uma erva daninha. Yuri apareceu, olhou fixamente nos olhos do passarinho e disse: "Vou fumar-te!". Yuri - O Casposo lá o fumou, sendo que de seguida José alcançou o estado de nirvana absoluto e começou a dançar uma valsa ao som de Bamboleo, dos Gipsy Kings. Yuri e José tornaram-se melhores amigos a partir desse momento. A amizade deles tornou-se tão forte que decidiram juntar-se na luta contra Lurciferson - O Cornudo.
O Passarinho José, munido de três fisgas e uma cegonha grávida, caminhou durante uma década juntamente com o seu camarada Yuri - O Casposo, até que, por fim, chegou ao local onde pretendiam, ou seja, onde Lurciferson - O Cornudo se encontrava. Local esse que se dá pelo nome de "Plateau". Se não sabem o que é, devo desde já insultar-vos brutalmente, de forma a que não consigam olhar para vós próprios durante dez minutos, com vergonha. Continuando... 

José, com as suas três fisgas e a cegonha grávida, e Yuri, observaram Lurciferson durante alguns tempos antes de partirem para o ataque. Estavam numa de estudar o inimigo... Mas foderam-se, pois chegaram à conclusão que o seu suposto inimigo era uma cabra do mato vestida de Mongol, que comia azeitonas como se fosses ostras, umas atrás das outras. O passarinho não aguentou tal situação e chamou o seu amigo Yuri, que chamou outro amigo, de seu nome Adalbertuto. O Adalbertuto era o mestre em artes marciais do grupo, e por isso mesmo decidiu atacar Lurciferson - A Cabra do Mato, com toda a sua ira. Adalbertuto falha o alvo e acerta dez vezes, incessantemente no pescoço do empregado, que se estatelou contra o balcão, sendo que ainda hoje estáo lá os dentes cravados. A partir desse momento a paródia começou e não mais parou. O passarinho foi violado por cinco Moçambicanos e desde então nunca mais se ouviu falar dele.
E é assim que a história do Passarinho José começa... Toda uma vida revestida a estofos e sofrimento.